Presidente da África do Sul reafirma o dever moral de agir contra o genocídio

Editado por Irene Fait
2024-01-29 18:09:05

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Presidente de Sudafrica Cyril-Ramaphosa

Pretória, 29 janeiro (RHC) O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa reafirmou hoje o dever do governo de impedir atos de genocídio onde quer que ocorram, referindo-se às ações de Israel em Gaza.

Em sua carta semanal, o líder sul-africano comentou  que a África do Sul procurou o Tribunal Internacional de Justiça (ICJ)  não apenas em busca de um cessar-fogo no bombardeio militar de Israel contra o povo palestino, mas também para pedir ao tribunal que declare Israel culpado de cometer atos de genocídio.

A África do Sul tem a responsabilidade, assim como outros países signatários da Convenção sobre Genocídio, de impedir atos de genocídio onde quer que eles ocorram, enfatizou.

A Convenção sobre Genocídio, recordou Ramaphosa, foi adotada por unanimidade pela Assembleia Geral da ONU logo após o Holocausto, um dos piores crimes da história moderna.

O presidente também explicou que o passado doloroso da África do Sul, enraizado no racismo e no apartheid, dá credibilidade à sua postura implacável em relação à guerra.

Como uma nação que lutou e derrotou o apartheid, temos uma obrigação especial de defender a justiça e os direitos humanos fundamentais para todas as pessoas, em todos os lugares, ressaltou.

Foi essa obrigação que inspirou nosso pedido à Corte Internacional de Justiça (CIJ) para interromper a violência desencadeada por Israel na Faixa de Gaza, disse.

O presidente acrescentou que a crítica aos ataques do governo israelense contra Gaza "não está endereçada a nenhum grupo religioso ou étnico e não pode ser descartada simplesmente como antissemitismo".

Como governo temos sido consistentes na aplicação da lei internacional. Temos sido igualmente coerentes ao condenar as atrocidades cometidas pelo Hamas contra civis israelenses em 7 de outubro de 2023 e ao pedir a libertação dos reféns ainda mantidos em Gaza.

No entanto, Ramaphosa enfatizou que, como argumentamos em nosso caso perante a CIJ, esse ataque a civis em Israel não pode justificar os atos subsequentes cometidos pelo exército israelense contra os habitantes de Gaza. (Fonte: PL)



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