Brasil: Começa fase de interrogatórios do núcleo crucial golpista

Editado por Irene Fait
2025-06-09 17:57:01

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Imagen: Prensa Latina.

Brasília, 09 junho (RHC) O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia na segunda-feira o interrogatório do chamado núcleo crucial da tentativa golpista, composto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete membros de seu governo (2019-2022).

As audiências serão realizadas presencialmente no Supremo Tribunal Federal (STF) da capital, com exceção do general Walter Braga Netto, que comparecerá por videoconferência devido à sua prisão preventiva.

O primeiro a ser interrogado é Mauro Cid, ex-assessor de Bolsonaro e colaborador do sistema de justiça, em uma sessão que começa às 14h, e dura até as 20h.

Cid é uma figura-chave na investigação, pois entregou documentos e depoimentos que implicam diretamente o ex-presidente de extrema-direita e seu círculo mais próximo.

Se for necessário continuar com os interrogatórios, De Moraes já marcou datas adicionais: 10, 11, 12 e 13 de junho. O magistrado ressaltou que os acusados têm o direito constitucional de depor ou permanecer em silêncio, sem prejuízo de sua defesa.

Uma vez concluídos os pedidos, o juiz elaborará um relatório detalhado sobre o caso e emitirá seu voto.

O documento servirá de base para a primeira turma do Supremo Tribunal Federal, composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Cármen Lúcia Antunes, Flávio Dino, Luiz Fux e o próprio De Moraes como relator do caso.

Não há data definida para a conclusão do relatório ou para o início da análise, mas espera-se que o processo seja incluído na pauta do STF entre setembro e outubro.

Tal julgamento é considerado um dos mais importantes da história recente do Brasil, pois envolve uma figura central da política nacional e aborda a gravidade das tentativas de subversão da ordem democrática.

De acordo com a Procuradoria Geral da República, o grupo central planejou ações para impedir a transferência pacífica de poder ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva eleito em 2022.

Os réus foram acusados dos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, danos agravados e danos a bens imóveis.

Juntas, as sentenças podem chegar a 43 anos de prisão.

As investigações revelaram documentos, reuniões clandestinas e uma minuta de decreto prevendo a intervenção das forças armadas e a anulação do resultado da eleição.

O processo poderia estabelecer um precedente peremptório na defesa das instituições democráticas na América Latina (Fonte: Prensa Latina).

 



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