Argentina: Suprema Corte condena Cristina Fernández

Editado por Irene Fait
2025-06-10 22:09:39

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Foto tomada de FM La Isla 100.3 MHz

Buenos Aires, 10 jun (RHC) Em um veredicto mais político do que judicial, a Suprema Corte de Justiça da Argentina endossou a sentença de seis anos de prisão e inabilitação perpétua para exercer cargos públicos contra a ex-presidente Cristina Fernández.

Os três juízes Ricardo Lorenzetti, Carlos Rosenkrantz e Horacio Rosatti, assinaram decisão histórica que muda a fábula e o mapa da política argentina.

Na segunda-feira, em uma reunião com a liderança do Partido Justicialista (PJ), a ex-presidente antecipou a decisão e disse aos líderes peronistas: "Acreditem, estar na prisão é um certificado de dignidade, acreditem porque eu sinto desse jeito".

Com esse comentário, Cristina se animou a afirmar: "Sou uma fuzilada que vive, e minha vida não será suficiente para agradecer a Deus". E acrescentou: "Eles me colocarão na prisão, mas isso não resolverá os graves problemas que a Argentina está enfrentando".

O veredicto, no entanto, absolve a ex-presidente do crime de associação ilícita, solicitado pela promotoria, que foi a principal acusação no julgamento do tribunal inferior que a condenou.

Para analistas e políticos, essa é a consumação do "Lawfare" que atingiu outros líderes populares na América Latina, como o que levou à prisão do brasileiro Inácio Lula da Silva e à condenação do equatoriano Rafael Correa no Equador.

A decisão inabilita a ex-presidente ocupar cargos públicos, o que significa que ela não pode ser candidata a deputada na Legislatura da Província de Buenos Aires, para a qual anunciou sua candidatura nas eleições locais de 7 de setembro.

Como tem mais de 70 anos (ela tem 72), Cristina poderá desfrutar do benefício da prisão domiciliar. Especulou-se sobre diferentes possibilidades, mas a opção mais provável é que ela cumpra a sentença em seu apartamento em San Cristóbal. Cristina Fernández, presidente do Partido Justicialista garantiu que o que não poderão fazer é que se cale.

A confirmação de sua sentença desencadeou mobilizações em todo o país. As federações sindicais disseram que entrariam em greve nacional se Cristina fosse condenada. (Fonte: PL)



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