Havana, 10 novembro (RHC) Juristas de prestígio da Europa e dos Estados Unidos compõem o Tribunal Internacional contra o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba há mais de 60 anos, que se reunirá nos dias 16 e 17 de novembro em Bruxelas, capital da Bélgica.

De acordo com o Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), o conclave conta com o apoio desses representantes de organizações jurídicas da Espanha, Alemanha, Itália, Grécia, Bélgica e Estados Unidos.

Norman Paech, membro da Sociedade Democrática de Juristas e uma importante referência no sistema judiciário alemão e na defesa de causas justas em todo o mundo, será o juiz principal, disse o presidente do ICAP, Fernando González Llort.

González Llort enfatizou à imprensa o valor da ação, pois, embora seja um Tribunal de natureza política e não seja juridicamente vinculante, o dossiê com as queixas previamente documentadas e a decisão final será impresso e distribuído digitalmente para figuras políticas europeias e da ONU.

Portanto, se tornará uma ferramenta de trabalho fundamental para organizações sociais e de solidariedade, jornalistas, formadores de opinião e políticos na luta para erradicar essa política genocida, previu.

Além disso, disse, o evento acrescentará novas vozes à defesa dos direitos democráticos, da soberania e da liberdade dos povos.

Os juristas participantes apresentarão argumentos orais e escritos para denunciar como o cerco econômico, comercial e financeiro viola os direitos fundamentais à vida, à saúde, à alimentação, à educação e à cultura, entre outros, do povo cubano, informou Rigoberto Zarza Ross, diretor do ICAP para a Europa.

Representantes de organizações de solidariedade, empresários, personalidades e cubanos que vivem na Europa, entre outros, também participarão como testemunhas, explicou Zarza Ross.

As cifras oficiais indicam que as perdas acumuladas devido ao bloqueio econômico, financeiro e comercial imposto pelo governo dos Estados Unidos a Cuba superam atualmente os 150 bilhões 410 milhões de dólares e, levando em conta a depreciação da moeda norte-americana em relação ao ouro, a cifra chega a um trilhão de dólares. (Fonte: PL)