
Foto: Yeilén Delgado Calvo
Havana, 03 de abril (RHC) Não há livro escrito sobre Fidel que não desperte interesse imediato: embora cada um tenha uma abordagem pessoal de sua figura, há também um consenso de que o Líder Histórico da Revolução Cubana - sua vida, obra e pensamento - constitui um universo ainda a ser estudado.
É preciso aprofundar, por muitos motivos, para o projeto que a Ilha defende; alguns são revelados no livro Fidel Castro Ruz: El oficio de rebelde, de Romelia Pino Freyre. É um livro que reúne, nas palavras de Roberto Hernández, PhD em Ciências, abordagens filosóficas, históricas e educacionais, tanto em sua intenção quanto em sua estrutura, e não peca de didatismo simplista, para fornecer argumentos, apoiados em fatos, que endossam uma afirmação: Fidel é o melhor discípulo de Martí.
Apresentado na quarta-feira no salão polivalente La Plata, do Centro Fidel Castro Ruz, o texto - publicado pela Casa Editorial Ruth e o Grupo Editorial Nuevo Milenio - destina-se, de acordo com sua sinopse, "a um público amplo que precisa aprender desde sua juventude ou recordar desde sua maturidade a beleza e o ritmo vertiginoso de nossa Revolução em seus três primeiros anos".
Para tanto, a autora recorre à análise histórica e filosófica das grandes batalhas travadas pelo Comandante em Chefe na fase de fundação, quando o diálogo com o povo, e os discursos tiveram um papel decisivo: "Foi um processo de educação das massas que transformou sua antiga mentalidade até que se tornassem o sujeito indiscutível da Revolução".
Em resumo, as 385 páginas do volume contêm processos transformadores, com base nos fatos e na teoria que os sustentam. Hernández enfatizou que o livro não se furta ao debate e, portanto, reflete sobre aspectos como o fato de que identificar a ideologia da Revolução apenas com o marxismo-leninismo é um reducionismo.
Carlos Tablada Pérez, presidente da Casa Editorial Ruth, afirmou que era impossível pensar em fazer uma Revolução tão perto dos Estados Unidos, e que isso foi possível porque Fidel cubanizou o marxismo-leninismo e fez uma contribuição para a aliança operário-camponesa e para a ditadura do proletariado: a categoria de povo; "ele tornou possível o impossível".
O aspecto mais importante da Revolução Cubana é a ética, ponderou Tablada. A ética foi incutida por uma geração que colocou o ser humano no centro. Tablada insistiu em o livro contribui para fornecer elementos práticos das ações do Comandante em Chefe a esse respeito.
A autora, quem é doutora em ciências filosóficas, pesquisadora e professora, afirmou que "levamos Fidel em nossos corações, e esse é o melhor monumento que pode ser feito a ele"; disse que se sentia filha da Revolução, que permitiu que uma mulata, filha de um sapateiro, nascida em um ambiente marginal, se tornasse uma intelectual orgânica. (Fonte: Granma)