
Foto:@BrunoRguezP
Havana, 20 de maio (RHC) O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, denunciou as tentativas de opositores ao governo da Ilha de distorcer o que aconteceu em Cuba em 20 de maio de 1902.
“Para apagar a história, os anticubanos nos Estados Unidos estão tentando ressignificar o 20 de maio”, afirmou em mensagem no X.
De acordo com o chanceler, essa data “marca o nascimento de uma República mutilada pela Emenda Platt”.
“A reivindicação de nossos mambises veio em 1º de janeiro de 1959, depois de muito sangue bom ter forjado o caminho para a verdadeira independência”, destacou.
Depois de intervir na guerra entre Cuba e Espanha em 1898, os Estados Unidos mantiveram suas tropas em Cuba e prepararam a farsa política de estabelecer uma república fiel a seus propósitos, de acordo com historiadores e pesquisadores.
A ocupação militar norte-americana no país caribenho, segundo eles, terminou em 19 de maio de 1902 e a República nasceu um dia depois, quando um novo governo e uma nova Constituição foram estabelecidos e a bandeira cubana foi hasteada no Palácio dos Capitães Generais.
No entanto, apontam os especialistas, o senso de independência dos cubanos foi ignorado, um governo a serviço dos Estados Unidos foi estabelecida, e a Constituição tinha a Emenda Platt como apêndice.
Isso garantiu o domínio absoluto dos Estados Unidos sobre Cuba, sob a ameaça do uso da força para manter a ocupação militar.
Da mesma forma, forçou o arrendamento de terras para estações navais dos EUA e mineração de carvão, daí a base naval em Guantánamo, que permanece lá contra a vontade do povo cubano.
Para muitos estudiosos, a história após 20 de maio de 1902 confirmou que, naquele dia, Cuba se tornou uma nação sequestrada, porque cada passo seu era autorizado por Washington, até o triunfo revolucionário em 1959. (PL)