
Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 20 de junho (RHC) A 27ª Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba foi aberta na quinta-feira no estado brasileiro do Espírito Santo com bandeiras e abraços fraternos.
O fórum, um teatro na Universidade Federal da divisão territorial, estava lotado de delegações de vários estados, ativistas de longa data, jovens e representantes de movimentos populares.
Abrindo o evento, o embaixador cubano Adolfo Curbelo afirmou: "O povo cubano jamais esquecerá o apoio constante do Brasil nos momentos mais difíceis".
Elogiou o trabalho de Fernanda Tardim, figura-chave do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), cujo trabalho na coordenação de campanhas foi reconhecido com aplausos de pé do público.
Curbelo lembrou as ações concretas que marcam essa relação fraterna. Durante a pandemia da COVID-19, por exemplo, sete contêineres com seringas, medicamentos e outros suprimentos vitais foram enviados por empresários brasileiros, movimentos sociais e redes de solidariedade naquela nação.
Já em 2024, depois de dois furacões terem castigado o oeste de Cuba, o Brasil tornou a estar presente: 10 toneladas de alimentos desidratados, 30 unidades para purificar água, kits de painéis solares, medicamentos e leite em pó foram entregues à Ilha por amigos solidários.
Mas a ajuda não é medida apenas em toneladas. Também se mede em convicção. Curbelo destacou as campanhas em andamento contra o bloqueio dos EUA e denunciou mais uma vez os efeitos devastadores dessa política, agravados pela inclusão injusta de Cuba na lista unilateral dos EUA de países patrocinadores do terrorismo. O embaixador pediu multiplicar as Brigadas de Solidariedade para manter a conexão entre os povos para lá dos discursos.
Na parte final de seu discurso, Curbelo ofereceu um retrato honesto da complexa realidade econômica e social de Cuba, sem esconder as dificuldades, mas reafirmando a confiança do povo em sua liderança política e no legado do líder histórico Fidel Castro Ruz (1926-2016).
Outros oradores, como o vice-presidente do ICAP, Víctor Gaute, confirmaram que a Convenção, que acontecerá até 21 de junho, é uma celebração coletiva da resistência. Solidariedade não é nostalgia nem slogan: é presente, ação e futuro compartilhado. (Fonte: Prensa Latina)