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Rio de Janeiro, 6 de julho (RHC) Cuba não se rende, garantiu no domingo o presidente Miguel Díaz-Canel durante um encontro com o movimento de solidariedade à Ilha no Brasil, no contexto da 17ª Cúpula do BRICS.
Em uma sala lotada de um hotel do Rio, Díaz-Canel visivelmente emocionado comelou sua fala com um sincero agradecimento
"Queremos começar agradecendo profundamente a todos pela solidariedade demonstrada. As campanhas, as doações, o apoio, o gesto altruísta", e destacou as inúmeras ações de apoio do povo brasileiro diante das dificuldades em seu país.
Fez uma pausa e, com voz firme, expressou: "E agora vamos falar um pouco sobre Cuba e nas condições em que vivemos, mas também nas luzes para superar os problemas. Vocês podem ter certeza, vocês que são amigos da sociedade real, que Cuba não vai se render", enfatizou.
O Chefe de Estado cubano denunciou mais uma vez o bloqueio dos EUA, sua natureza extraterritorial e sua intensificação sob governos recentes. "Mais de 80% da nossa população viveram a vida inteira sob esse assédio", recordou.
Da mesma forma, explicou as causas do colapso do sistema elétrico, que impactou seriamente a vida cotidiana e o desenvolvimento econômico dos cubanos. "Dói o sofrimento de nosso povo, mas estamos convencidos de que seguiremos em frente", afirmou.
Díaz-Canel enfatizou que a solidariedade não só conforta, mas também compromete. A gente não pode se render por causa das nossas convicções, e não podemos nos render porque seria faltar ao respeito a vocês. A solidariedade que vocês demonstram também nos compromete muito", enfatizou.
Mais tarde, em outro encontro com intelectuais brasileiros, Díaz-Canel abordou questões culturais e políticas e denunciou os efeitos da colonização cultural.
Criticou as plataformas de entretenimento que impõem visões distorcidas da realidade nas mídias sociais. E pediu enfrentar essa ofensiva com unidade na diversidade.
O chefe de Estado cubano também anunciou um próximo encontro com comunicadores políticos e mencionou o Colóquio Pátria, um espaço para considerar e articular novas formas de comunicação emancipatória.
Olhando para o futuro, anunciou que no próximo ano será comemorado o centenário do nascimento do líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, com um programa de atividades focado na atualidade de seu pensamento. E retomou o conceito de "resistência criativa", que se baseia em pilares como participação popular e unidade nacional. "Nosso povo não se deixará vencerr", insistiu.
Assim, com firmeza e proximidade, Díaz-Canel concluiu ambos os encontros, marcados pela emoção, pelo compromisso e pela convicção de que, embora sitiada, Cuba não se renderá. (Fonte: PL)