Divergências aumentam entre governo e pessoal da saúde no Chile

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-11-25 18:05:09

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La pandemia agudizó la ya precaria situación de la salud en Chile, que hoy contabiliza más de 15 mil fallecidos. Foto / Telesur

Por Maria Josefina Arce

A semana começou no Chile com greve nacional por tempo indeterminado dos trabalhadores da saúde, que desde a chegada da Covid-19 ao país vêm denunciando a resposta ineficaz do governo à pandemia e as más e perigosas condições em que trabalham.

Mais de sessenta mil empregados do setor entraram em greve e só prestam auxílio aos casos graves.

Médicos, enfermeiras e pessoal técnico exigem mais recursos para atender aos contagiados e equipamentos de proteção.

Pedem mais verbas para o setor levando em conta que 80% dos chilenos acodem ao sistema público de saúde.

Muitas vezes, o pessoal sanitário se queixou das más condições de trabalho. Vale recordar que no Chile há mais de 30 mil trabalhadores da saúde contagiados pelo coronavírus.

A paralisação foi convocada pela Federação Nacional de Trabalhadores da Saúde após oito meses de negociações com o ministério do ramo, três mobilizações nacionais e duas jornadas de greve, sem receber nenhuma resposta satisfatória das autoridades.

Exigem, também, a entrega do bônus Covid-19, uma ajuda especial para as famílias mais vulneráveis atingidas pela crise causada pela doença. Pois bem, essa ajuda foi negada ao setor, apesar de permanecer na primeira linha de combate.

A pandemia visibilizou as fraquezas do sistema sanitário no Chile e as grandes desigualdades existentes. E, ao mesmo tempo, aguçou o descontentamento dos trabalhadores dessa área devido a pouca atenção que lhes presta o governo.

Várias vezes, o Colégio Médico criticou o manejo da doença pelas autoridades e a falta de transparência quanto ao número de contagiados que impediu fazer as propostas necessárias para combater a propagação do coronavírus.

A denúncia foi corroborada por um relatório de uma comissão investigadora da Câmara de Deputados, divulgado no começo deste mês. O documento responsabiliza o presidente Sebastián Piñera e as autoridades da área de saúde pelo mau manejo da Covid-19, porque se recusaram a escutar cientistas, médicos e associações profissionais.

A pandemia piorou a já precária situação da saúde no Chile, que hoje conta com mais de 15 mil mortos e elevado número de contagiados, mais de 542 mil, sem que haja resposta e compromisso efetivo do governo do multimilionário presidente Sebastián Piñera. 

 



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