Lula volta a presidir o Brasil

Editado por Irene Fait
2022-10-31 09:52:31

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RHC

Por Maria Josefina Arce

O Brasil apostou na mudança. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou o segundo turno das eleições gerais no domingo, as mais polarizadas e tensas dos últimos tempos que mostraram um país altamente dividido.

Lula da Silva obteve 50,83% dos votos e o atual presidente ultradireitista Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, conseguiu 49,17%

Lula também triunfara no primeiro turno, em dois de outubro passado, porém Bolsonaro tinha obtido mais votos do que se pensava, portanto, não se deve perder de vista o crescimento do extremismo no Brasil.

Lula da Silva terminou seus dois mandatos (2003-2010) com mais de 80% de aprovação, é o primeiro chefe de Estado que volta ao Palácio do Planalto pela terceira vez.

Com seus votos, os brasileiros decidiram pôr fim a quatro anos de uma polêmica e péssima gestão de Bolsonaro, que não parou de desafiar as instituições democráticas, advogou por armas os brasileiros e insistiu no discurso de ódio contra a oposição.

A cidadania não esquece o comportamento de Bolsonaro com relação à Covid-19 ao classificar a terrível doença de gripezinha, se opôs ao uso da máscara, ao isolamento social para evitar sua propagação e atrasou a vacinação,

Sua atitude trouxe como consequência a morte de 700 mil pessoas no Brasil, o segundo país no mundo com o maior número de mortos por causa da Covid-19.

Os brasileiros também deram seu voto de castigo ao atual presidente por sua política ambiental, Durante se governo, o desmatamento da Amazônia bateu recorde. A região foi invadida pela mineração ilegal, a tala indiscriminada e os negócios agropecuários, sempre incentivados por Bolsonaro.

As eleições no Brasil foram precedidas por uma campanha em que dominou a violência política e uma forte proliferação de notícias falsas, espalhadas pela equipe e apoiadores de Bolsonaro.

O Tribunal Superior Eleitoral foi obrigado a tomar providências. Monitorou as redes sociais, cancelou perfis e apoiou a investigação de um grupo digital que atuava com dinheiro público para deslegitimar a democracia.

A agressão verbal e os intentos de desmoralizar Lula predominaram, tanto assim que no caminho para o segundo turno não se discutiram importantes temas.

De resto, Bolsonaro repartiu ajuda econômica direta aos segmentos populacionais mais pobres para que não votassem no Lula.

Agora, cabe perguntar se Bolsonaro aceitará sua derrota após ter questionado insistentemente o sistema eleitoral brasileiro e a possibilidade de uma fraude contra ele. Seus apoiadores, por enquanto, continuam repetindo essa ladainha.



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