
Foto: @ALBATCP
Por Roberto Morejón
As reuniões da ALBA-TCP (Aliança Bolivariana para os Povos das Américas - Tratado de Comércio dos Povos) não só enfatizam aspectos políticos e sociais, mas também promovem iniciativas econômicas de interesse, como as que têm a ver com a agricultura e a pesca.
Nesse sentido, vale ressaltar a Expofeira AgroAlba e a reunião de ministros da Agricultura e da Pesca da ALBA-TCP na Venezuela, onde se observou a vontade política de aumentar a produção e até mesmo iniciar plantios concretos.
Representantes dos países membros do bloco, empresários, investidores, agricultores e movimentos sociais se congregaram para examinar formas de produzir os seus próprios alimentos.
Tanto na reunião dos ministros da Agricultura e Pesca quanto na AgroAlba Expofeira, ficou claro que não se pretende competir com as multinacionais que comercializam alimentos.
Pelo contrário, é necessário defender caminhos próprios para a produção de nutrientes saudáveis por meios sustentáveis e ecologicamente corretos.
Os membros da ALBA-TCP traçaram estratégias para usar todas as capacidades possíveis em prol da soberania alimentar.
Para tanto, consideram aconselhável a troca de conhecimentos, o investimento em tecnologia e treinamento e a formulação de acordos.
Os delegados de Cuba, Venezuela, Nicarágua e Bolívia expressaram sua disposição de compartilhar experiências, de acordo com um melhor desenvolvimento em cada um desses países e para promover produções cooperadas.
Está claro que o bloqueio dos EUA, que afeta Cuba, Venezuela e Nicarágua, interfere em suas aspirações de promover a agricultura e a pesca tanto dentro de seus países quanto na região, mas há vontade política e econômica de progredir no setor agrícola.
Assim, os membros da ALBA-TCP aumentarão a quantidade de terras cultivadas, a produtividade e a mão de obra, dado o êxodo do campo para as cidades.
As formulações gerais na área mencionada acima podem colocar a ALBA-TCP em circunstâncias mais favoráveis em tempos de guerras comerciais e aumento de tarifas nos Estados Unidos.
Vemos na aliança o interesse em explorar uma alternativa que permitirá ir em busca da soberania alimentar a partir da perspectiva do Sul global, economizando recursos e beneficiando a maioria da população.