
Pôster
Por: Roberto Morejón
A ordem internacional injusta é uma das principais razões pelas quais as fontes de financiamento para o desenvolvimento são insuficientes.
Esta verdade foi mais uma vez demonstrada na 4ª Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, realizada recentemente na cidade espanhola de Sevilha.
Várias delegações presentes pediram a redistribuição da riqueza global e dar prioridade ao progresso e não à guerra.
A reunião destacou como é possível que o mundo gaste US$ 2,7 trilhões anualmente na fabricação de armas, e não se cumpram os compromissos da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável.
Alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável globais tem sido extremamente difícil. A profunda desigualdade fez com que desde 2020 perto de US$ 42 trilhões, ou seja dois terços dos novos patrimônios, acabassem nas mãos de um por cento das pessoas mais ricas do planeta.
É verdade que na ONU os governos estabeleceram metas e objetivos para financiar o desenvolvimento sustentável, mas o progresso nesse sentido está muito aquém das aspirações e necessidades dos países do Sul, na maioria dos quais vive elevado número de pessoas econômica e socialmente desfavorecidas.
Nos países do Sul, é difícil financiar o desenvolvimento sustentável, que inclui recursos públicos e privados investidos por governos, empresas e famílias.
Tudo isso se complica em um cenário global em que a inflação e as taxas de juros estão disparando e as nações estão sucumbindo ao peso da dívida, às tensões internacionais e às catástrofes climáticas.
Daí a urgência de aumentar rapidamente o financiamento do desenvolvimento. Nessa direção, a ONU solicitou que as 20 maiores economias do mundo forneçam apoio monetário urgente.
Na conferência de Sevilha, Cuba expôs por meio da vice-primeira-ministra Inés María Chapman prosperar na agenda global de modo que garanta solidariedade, inclusão e reformas financeiras centradas nas pessoas.
E pediu acabar com as medidas coercitivas unilaterais que afetam negativamente a prosperidade econômica e social dos países.
Além do acima exposto, seria oportuno reformar as instituições financeiras internacionais para mobilizar os recursos essenciais que facilitem a implementação dos planos mais urgentes da humanidade.