Casa ResumosMeio Ambiente – 2025

Meio Ambiente – 2025

por Irene Fait
COP 30

O ano de 2025 foi marcado por altos e baixos nas diversas e complexas questões relacionadas ao meio ambiente. A crise ambiental global atingiu um ponto de inflexão, com desafios históricos, mas também mostrando modestos sinais de progresso em políticas públicas, tecnologia e movimentos sociais.

As mudanças climáticas continuam sendo tema central da agenda internacional, acompanhadas por sérios problemas como escassez de água, poluição, perda de biodiversidade e crise de recursos energéticos.

O evento ambiental mais importante foi a COP30, realizada em novembro em Belém do Pará, no coração da Amazônia, o que simbolizou a importância global das florestas tropicais, da biodiversidade e do papel das comunidades indígenas na proteção ambiental.

Nessa cúpula, foi aprovado que 20% do financiamento climático internacional deveria ser destinado diretamente àqueles que cuidam das grandes florestas tropicais, destacando o papel fundamental da demarcação de territórios indígenas.

Contudo, a COP30 também evidenciou a falta de responsabilidade dos principais emissores e as dificuldades em abandonar os combustíveis fósseis, apesar da pressão social e das evidências científicas.

Entre as principais tendências que moldam o ano estão a transição energética, a ascensão da economia circular e o desenvolvimento de novas soluções, como o hidrogênio verde e a restauração de zonas úmidas urbanas.

A digitalização e a inteligência artificial estão tornando a gestão ambiental cada vez mais complexa devido ao consumo de energia e ao crescente vestígio de carbono dos centros de dados, forçando um aumento na participação de energias renováveis ​​na matriz energética global. Algumas boas notícias vieram da China, com uma notável redução nas emissões de dióxido de carbono, e de várias iniciativas na Europa focadas na adaptação e na resiliência comunitária.

Na esfera social e política, destaca-se o progresso na participação de comunidades indígenas, camponesas e afrodescendentes no desenvolvimento de políticas ambientais, assim como o surgimento de movimentos sociais e programas de educação ambiental que exigem maior ambição nas leis e ações governamentais.

Justiça ambiental, consulta prévia e equidade social estão assumindo o protagonismo na governança climática contemporânea, como evidenciado pela demanda por novas fontes diretas de financiamento e pela defesa de territórios vulneráveis.

Os riscos, no entanto, continuam sendo sérios. Eventos climáticos extremos estão exacerbando a insegurança hídrica, incêndios e poluição atingem grandes cidades e áreas rurais, e a perda de espécies está acelerando a deterioração de ecossistemas estratégicos para a humanidade.

Apesar do crescimento do investimento em infraestrutura verde, a lacuna entre o que é necessário e o que está sendo efetivamente investido continua sendo ampla.

Por isso, se admite que a inovação tecnológica deve ser acompanhada por uma nova ética ambiental, educação cívica e consolidação de alianças internacionais entre atores públicos, privados e sociais para enfrentar uma década crucial.

Em Cuba, o trabalho ambiental em 2025  foi caracterizado por uma abordagem abrangente que integra leis, educação, ciência e cooperação internacional para enfrentar as mudanças climáticas, a poluição e a perda de biodiversidade. Nesse contexto, as prioridades oficiais se concentram na melhora da qualidade ambiental em assentamentos humanos, no avanço da gestão integrada de resíduos — dando ênfase a plásticos de uso único — e na consolidação da transição para uma economia circular e uma matriz energética mais limpa.

Um elemento importante é a implementação da Estratégia Nacional do Meio Ambiente, o Plano de Estado para o enfrentamento das Mudanças Climáticas (Tarefa Vida) e a Lei do Sistema de Recursos Naturais.

 

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