Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia exorta a respeitar resultados da votação

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-10-21 18:37:55

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Havana, 21 de outubro (RHC).- Salvador Romero, presidente do Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia, exortou a respeitar os resultados da votação de domingo passado, na qual ficou definido que Luis Arce, candidato do MAS – Movimento ao Socialismo, será o novo Presidente.

“A jornada eleitoral foi limpa, a contagem é transparente, portanto exortamos a cidadania e a todos os atores políticos, sociais e regionais, a aguardarem com tranquilidade o fim do processo”, afirmou.

Romero se referia a alguns manifestantes que saíram às ruas em Cochabamba pare exigir a repetição do pleito. Com mais de 81% das atas contabilizadas, Arce ocupa o primeiro lugar com 53,6% da preferência, enquanto o ex-mandatário Carlos Mesa, da Comunidade Cidadã, acumula apenas 29,6%.

O único em colocar em dúvida os dados oficiais tem sido Luis Fernando Camacho, candidato do Cremos, que contestou a gestão do Tribunal Supremo Eleitoral. Ele foi um dos promotores do golpe de Estado que levou à renúncia do então presidente Evo Morales em novembro passado. Evo saiu do país rumo ao México e hoje está na Argentina sob status de refugiado.

Por sua vez, a Defensora do Povo, Nadia Cruz, advertiu que grupos ligados à direita em Santa Cruz e Cochabamba almejam repetir as ações violentas registradas em 2019 depois das eleições gerais em que Evo Morales conquistara um novo mandato. Denunciou o chamamento à subversão feito nas redes sociais na segunda-feira passada com o propósito de gerar violência e convulsão social no país.

Nesse contexto, o virtual novo presidente, Luis Arce, anunciou que, se for confirmada sua vitória, vai restabelecer as relações com países como Cuba, Venezuela e Irã. “Este governo atuou muito ideologicamente, privando o povo boliviano do acesso à medicina cubana, à medicina russa e aos avanços na China. Por um tema puramente ideológico, expôs a população de maneira desnecessária e prejudicial”, sublinhou.

“Seremos um governo amplo, aberto a todo tipo de relacionamento internacional com países e organismos internacionais que respeitem nossa soberania. E vamos falar sobre qualquer tema, integração, comércio, investimento, o que for necessário para levar adiante a população boliviana”, garantiu.



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