O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, é a prova viva de que as coisas nunca estão tão ruins que não possam piorar um pouco. Netanyahu pediu ao presidente Yitzhak Herzog que o indultasse nos casos de suborno, fraude e abuso de confiança.
Há cerca de seis anos, o chefe de governo do Estado sionista enfrenta processos judiciais por crimes graves que justificam não apenas sua destituição do cargo, mas também longas penas de prisão para ele e sua esposa.
Isso se soma aos graves crimes contra a humanidade perpetrados nos últimos anos na Faixa de Gaza contra a população civil palestina, que resultaram em mais de 70.000 mortes, a maioria mulheres, crianças e idosos, embora o número real seja muito maior.
Se houvesse justiça neste mundo, Netanyahu deveria receber uma punição semelhante à de Rudolf Hess, o segundo em comando de Adolf Hitler, que foi condenado à cadeia perpétua na Prisão de Spandau, sem permissão para contato com o mundo exterior, de 1947 até seu suicídio em 1987.
Em vez disso, esse maníaco genocida moderno busca um indulto por crimes graves e conta com o apoio de Donald Trump, outro de sua laia.
Seus argumentos são absurdos, pede ser indultado “em nome do interesse nacional e da unidade” e afirma que estse julgamento “nos desvia do rumo” em um momento de enormes desafios para Israel.
Note-se que em nenhum momento fala em sua inocência em relação às acusações nos três processos distintos, se justifica com o conceito ambíguo de interesse nacional, como se sua pessoa estivesse acima dos princípios da justiça e da integridade.
As acusações em si são graves. O primeiro caso, conhecido como “caso dos presentes”, alega que ele e sua esposa receberam ilegalmente presentes no valor de centenas de milhares de dólares de dois empresários bilionários em troca de favores políticos.
O segundo é o caso Yadioth Ahronoth, no qual Netanyahu teria negociado com Arnon Mozes, editor do jornal israelense, para obter uma cobertura midiática mais favorável para ele e sua família.
O mais grave é o “caso Bezeq”, que inclui acusações de suborno para conceder favores à empresa de mesmo nome.
Sem dúvida, o interesse nacional mais importante de qualquer país, seja qual for, é a verdade e a justiça, demonstrando que ninguém está acima de ninguém, e não o oportunismo barato exibido por Netanyahu, que destrói princípios fundamentais da convivência humana.
