Com os pés no chão, sempre olhando para o céu

Editado por Irene Fait
2025-04-22 17:14:51

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Papa Francisco na Praça da Revolução José Martí, em Havana.

Por Roberto Morejón

Como muitas pessoas em todo o mundo, os cubanos reiteraram seu respeito pelo papa Francisco, que morreu aos 88 anos depois de uma longa carreira de serviço à Igreja Católica e de benefício aos mais necessitados de atenção.

Muito atentos aos pronunciamentos do Sumo Pontífice, os cubanos relembram suas duas visitas a este país, nas que deixou um rastro de admiração e os fieis lhe prestaram o merecido tributo.

A viagem apostólica do Bispo de Roma a Cuba aconteceu em setembro de 2015, ocasião na que visitou o líder histórico da Revolução, Fidel Castro, e saudou os cubanos.

Mais tarde, em 2016, o Santo Padre fez uma breve escala em Havana em sua viagem ao México e se reuniu com o Patriarca Cirilo I, Patriarca de Moscou e de toda a Rússia.

As partes agradeceram a acolhida que dispensou Havana para o primeiro encontro entre o líder da Igreja Católica e o líder da Igreja Ortodoxa Russa desde a ruptura entre ambas.

Os cubanos internalizaram as palavras de afeto do papa Francisco: "Amo muito o povo cubano, Cuba é um símbolo".

Sabemos de sua inclinação pelos mais desfavorecidos, pois, como disse o ex-presidente uruguaio José Mujica, o papa Francisco foi "a melhor versão cristã às desigualdades".

Austero em seu modo de vida,  se preocupava com os males derivados de certas modernizações,. Certa feita, afirmou que era triste ver os jovens grudados no telefone durante longas horas e, quando a gente olha para seus rostos, percebemos que não sorriem.

O papa se preocupava muito, por exemplo, com a recuperação da economia global dizia que não pode ser feita à custa de que uma maioria empobrecida perca como de costume, para que uma minoria cada vez mais rica possa ganhar como nunca antes.

Pediu que se pensasse nas mulheres que estão fugindo da fome ou das guerras, e foi persistente em suas alusões à mudança climática, porque, segundo ele, essas transformações estão se tornando cada vez mais evidentes.

Crítico tenaz daqueles que estigmatizam os migrantes, comentou as deportações do governo de Donald Trump. Por ironia do destino, o último político com se avistou foi o vice-presidente norte-americano J.D.Vance.

Ao contrário daqueles que semeiam conflitos bélicos, Francisco deixa um legado de paz, que perdurará e encorajará aqueles que defendem o diálogo e a resolução de conflitos.

 



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