Supremo Tribunal Federal interroga testemunhas no julgamento de Bolsonaro

Editado por Irene Fait
2025-05-30 17:41:50

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Havana, 30 maio (RHC) O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil começou a interrogar testemunhas recomendadas pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro no julgamento por seu suposto envolvimento em tentativa golpista após as eleições de 2022.

O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou as audiências para ouvir 15 depoentes designados pela equipe jurídica do ex-presidente (2019-2022).

Entre eles estão figuras de destaque do entorno político e militar de Bolsonaro, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o ex-vice-presidente e senador Hamilton Mourão, o líder do Partido Liberal, Valdemar Costa, e ex-ministros como Paulo Guedes (Economia) e Ciro Nogueira (Casa Civil).

Os depoimentos fazem parte da fase de instrução criminal do julgamento, que vai de 19 de maio a 2 de junho.

Durante esse período, 82 pessoas vão depor, incluindo comandantes militares de alto escalão, ex-ministros, policiais e funcionários indicados pela Procuradoria Geral da República e pelas defesas dos indiciados.

Essas sessões são conduzidas sob medidas estritas de confidencialidade.

De acordo com o Código de Processo Penal Brasileiro, os depoimentos não serão transmitidos publicamente e não poderão ser gravados, a fim de preservar a integridade do processo.

O julgamento envolvendo Bolsonaro e sete de seus assessores é baseado em provas apresentadas pelo Ministério Público Federal, incluindo uma minuta de decreto para declarar estado de sítio e a confissão de seu ex-assessor, o tenente-coronel Mauro Cid.

Os réus enfrentam acusações de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada e outros crimes graves.

Uma vez concluída a fase de instrução, espera-se que o STF defina as datas para o interrogatório dos indiciados e a apresentação das alegações finais da acusação e da defesa. A sentença poderá ser proferida entre setembro e outubro.

Este processo judicial é considerado um dos mais significativos da história recente do Brasil, dado seu impacto sobre a estabilidade democrática do país e sobre o futuro político de Bolsonaro, já cassado até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral. (Fonte: Prensa Latina)



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