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Por Roberto Morejón
Duas notícias agitaram o Brasil em dias recentes, uma delas foi a aplicação da justiça em relação à ex-presidente Dilma Rousseff, e a outra um pronunciamento interferente do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.
A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania do Brasil concedeu anistia política à ex-presidente Dilma Rousseff com indenização e lhe pediu perdão pela perseguição e tortura sofridas durante a ditadura militar, que durou de 1964 a 1985.
A presidente da comissão, Ana Maria Lima de Oliveira, dirigiu-se a Dilma da seguinte forma "Muito obrigada por existir e por ser essa mulher que todos chamam de 'Dilma, coração valente'".
A decisão de declarar Dilma anistiada política e pedir desculpas pelos ultrajes é altamente simbólica, é uma admissão das atrocidades cometidas pelo Estado durante a ditadura.
Nada disso quiseram fazer durante o mandato do governo de Jair Bolsonaro, um nostálgico dos golpistas militares.
No governo do ex-capitão do exército, o pedido de reparação feito por Dilma foi rejeitado e o político de extrema direita zombou da requerente.
Hoje, Bolsonaro está fortemente envolvido na tentativa golpista de seus apoiadores, que queriam impedir a posse de Luis Inácio Lula da Silva como presidente após as eleições de 2022.
Alexandre de Moraes fez parte de um grupo de juízes do Supremo Tribunal Federal brasileiro que decidiu, em março passado, processar o ex-presidente Bolsonaro, e agora os apoiadores de Donald Trump nos Estados Unidos querem pressionar o magistrado do país sul-americano.
O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou em resposta a um legislador preocupado com o processo de Bolsonaro que há uma forte possibilidade de que o governo Trump sancione o juiz brasileiro De Moraes.
Rubio e seu chefe querem ajudar Bolsonaro, um admirador de Trump, e se intrometem no curso da justiça no Brasil, uma nação soberana.
O que está acontecendo no Brasil é a ação dos órgãos de justiça com o objetivo de proteger o estado democrático de direito, contra o qual atentaram Bolsonaro e seus fanáticos.
