
Foto: PL
Havana, 02 de maio (RHC) A vice-presidente do Instituto de Informação e Comunicação Social de Cuba, Belkys Pérez Cruz, denunciou em Mumbai a estigmatização de países soberanos e a proliferação de notícias falsas para justificar intervenções imperialistas.
No Diálogo Global da Mídia, na capital financeira da Índia, a jornalista cubana defendeu a posição de seu país, que está econômica, comercial e financeiramente bloqueado pelo governo dos EUA e injustamente incluído em uma lista de países que supostamente patrocinam o terrorismo.
Destacou que a estigmatização de nações que defendem sua soberania e a proliferação de "fake news" na tentativa de justificar intervenções imperialistas são as vítimas de países como a própria nação caribenha, a Venezuela e o povo palestino.
Pérez Cruz também ratificou a defesa que Cuba faz do jornalismo ético, verdadeiro e comprometido com os direitos do povo, em um momento em que a desinformação e a manipulação da mídia ameaçam a soberania das nações e a paz global.
Da mesma forma, afirmou que, no contexto global, onde as narrativas hegemônicas são impostas, a Ilha proclama que a informação não pode ser um privilégio ou uma arma de dominação, mas um direito do cidadão.
"A mídia deve servir à educação, à verdade e à unidade entre os povos, não aos interesses das elites", disse.
Com relação aos avanços em inteligência artificial, streaming e realidade virtual, a vice-presidente do Instituto Cubano de Informação e Comunicação Social considerou que devem ser ferramentas para ampliar as vozes marginalizadas, preservar línguas e tradições em risco e criar conteúdo acessível para pessoas em situação de deficiência.
Destacou que, em um futuro próximo, com o impacto crescente da Inteligência Artificial, haverá benefícios e melhorias em várias esferas, mas também haverá desafios crescentes relacionados a questões éticas, legais e de privacidade.
Mencionou como exemplo novas estratégias de manipulação que vão desde o roubo de identidade (voz, imagem ou vídeo) até a fraude ou extorsão por meio de qualquer plataforma, aplicativo ou rede social digital.
Nesse sentido, pediu a promoção de debates éticos e culturais para definir os melhores caminhos na articulação tecnológica das sociedades sob a garantia de que seus valores fundamentais sejam preservados, bem como o desenvolvimento de estruturas legais.
Recomendou melhor cooperação global entre governos, empresas e organizações internacionais para enfrentar esses desafios, sob preceitos cada vez mais inclusivos e sustentáveis. (Prensa Latina)