Brasil: Reunião de ministros das Relações Exteriores do BRICS é encerrada sem declaração conjunta

Editado por Irene Fait
2025-04-29 21:40:58

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Foto: EFE

Havana, 29 abril (RHC) A reunião dos ministros das Relações Exteriores do BRICS terminou na terça-feira no Rio de Janeiro, Brasil, sem uma declaração conjunta, mas o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, garantiu que há consenso para se opor à guerra tarifária global.

"Quero destacar a firme rejeição geral ao ressurgimento do protecionismo comercial e ao uso de medidas não tarifárias sob pretextos ambientais. A reforma da OMC (Organização Mundial do Comércio) e a reativação plena do seu órgão de resolução de litígios são essenciais, na opinião de todos", afirmou Vieira.

Lembrou que o documento final da reunião do Rio foi assinado apenas pela presidência brasileira do BRICS, para dar mais peso à Cúpula dos Líderes, que acontecerá em julho na mesma cidade.

Detalhou que houve compromissos e acordos com os demais ministros e "decidimos fazer uma declaração presidencial, como costuma acontecer em muitas reuniões, justamente para deixar o caminho aberto para negociar com muito cuidado e precisão uma declaração que será feita em julho, na reunião de chefes de Estado".

Originalmente, o grupo era composto por Brasil, Rússia, Índia e China e tinha o acrónimo BRIC. Depois, em 2010, a África do Sul foi adicionada ao grupo e este passou a chamar-se BRICS.

Atualmente, também fazem parte Egito, Etiópia, Indonésia, Irã, Arábia Saudita, e os Emirados Árabes Unidos.

Existem duas categorias de participação no BRICS: países membros e países parceiros. Estes últimos tornaram-se membros com um estatuto inferior ao dos membros de pleno direito, mas com a possibilidade de participar em reuniões de cúpula e reuniões temáticas.

Recentemente, Cuba, Bielorrússia, Nigéria, Bolívia, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão passaram a integrar o bloco na categoria de nações parceiras.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil atestou que a reunião do Rio foi marcada por um forte compromisso político e pela busca de uma agenda de soluções para o BRICS e o Sul Global, especialmente no ano em que o Brasil sedia a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

Vieira também analisou as diferentes manifestações em defesa do fortalecimento das Nações Unidas, especialmente do seu Conselho de Segurança.

O grupo pede maior participação da Ásia, África e América Latina em todos os sistemas multilaterais, que incluem também a OMC, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.

A Declaração alerta igualmente para os riscos de um eventual conflito nuclear.

O documento sublinha que "os ministros expressaram preocupação com os riscos crescentes de ameaça nuclear e conflito nuclear. Da mesma forma, reiteraram a necessidade de revitalizar o sistema de desarmamento, controle de armas e não proliferação e de preservar a integridade e eficácia do sistema para alcançar a estabilidade global, a paz e a segurança internacionais". (Fonte: Prensa Latina)



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